segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

ATLETISMO: 40ª Corrida de S.Silvestre de Avis

No passado sábado, dia 28 de dezembro, disputou-se na vila de Avis, a corrida de S. Silvestre de Avis, uma das mais emblemáticas e antigas de Portugal que já vai na 40ª edição ininterrupta.

Marcaram presença no evento 214 atletas oriundos dos mais variados pontos do país, sorrindo a vitória na prova absoluta masculina para o atleta Cristiano Borges do Clube Desportivo Areias de S.  João, com um tempo total de 31 minutos e 43 segundo sendo que a vencedora feminina foi Emília Pisoeiro que percorreu os 10 km do traçado em 36 minutos e 14 segundos.

Coletivamente a vitória foi para a Casa do Benfica de Abrantes, em segundo lugar ficou o Grupo Desportivo de Rio de Moinhos e o Clube Raquel Cabaço fechou o pódio.


No que diz respeito às equipas do distrito de Portalegre a melhor classificada foi a equipa do Centro Vicentino da serra de Portalegre no 5ºlugar, seguida Associação Desportiva Ialbax no 6º lugar e o Atletismo Clube de Portalegre no 7o lugar.

Esta competição que integra o circuito de corridas da Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre, encerra o ano desportivo de 2024, que se irá iniciar em 2025 com o Triatlo Técnico Regional a disputar na pista de atletismo de Ponte de Sor.

OPINIÃO: Empatia no sapatinho


Na sua raiz, a palavra empatia descende de um vocábulo grego que significava paixão. Percebe-se que a nossa identificação intelectual ou afetiva com o outro seja simples quando ele nos desperta paixão. O mesmo acontece com uma determinada ideia: é fácil aderir ao que nos cativa, nos entusiasma e nos preenche a alma. O exercício de entender o outro e de nos colocarmos nos seus sapatos torna-se substancialmente mais exigente quando tudo nele grita diferença e nos causa estranheza.

O espírito de Natal apela à compaixão e ao acolhimento de quem está em sofrimento e em perda. Convida a sentir as mais de 45 mil mortes em Gaza, ou a privação dos dois milhões de portugueses que vivem em risco de pobreza. Correndo o risco de simplificação, torna fácil o desafio a recordar os escombros que existem sempre sob o brilho das luzes. Mais difícil é transportar esse olhar atento e humano para o quotidiano, sem precisar que o Natal tente escavar o melhor que existe em nós. E mais difícil ainda perceber que não basta a empatia quando há confluência e concordância. Estamos profundamente carentes de abertura à divergência.

Com as mudanças cada vez mais rápidas no Mundo e os sinais de tensão e polarização que contaminam o quotidiano, a tolerância efetiva seria uma epifania bem-vinda no plano coletivo. Permitiria que tivéssemos menos preconceitos e desconfianças relativamente aos imigrantes, que aceitássemos a diversidade em todas as suas variáveis, que nos empenhássemos em eliminar sucessivamente o ódio e os muros que erguemos entre nós.

Obrigaria a abandonar a lógica de bolha e de rebanho para a qual os algoritmos tendem a empurrar-nos.

A empatia que procura entender o outro não é uma mera evocação da quadra. É uma escolha de alcance pessoal, mas sobretudo social e político. Tem consequências na forma como nos ouvimos, como lideramos, como definimos ações e prioridades políticas. Faz toda a diferença entre ficarmos fechados na redoma das nossas certezas, ou ativamente de braços abertos para um mundo em que todos contam na sua singularidade. Pessoalmente, não vejo mais universal presente.

Inês Cardoso - Jornal de Notícias - 25 dezembro, 2024

MONFORTE: Inaugurado monumento aos Dadores de Sangue


No dia 14 de Dezembro, teve lugar a comemoração do 17º aniversário do Grupo de Dadores de Monforte. O acontecimento mereceu da Câmara Municipal de Monforte a celebração da data e a inauguração de um memorial em homenagem aos Dadores de Sangue do concelho. Seguiu-se o já habitual almoço ofertado igualmente pela Município de Monforte, que mereceu uma palavra de apreço por parte da Associação dos Dadores Benévolos de Sangue do Distrito de Portalegre.




NISA: Memória Cultural – Os Atlas em Nisa - Dezembro de 1965


Várias foram as iniciativas de carácter cultural e beneficência concretizadas no mês de Dezembro de 1965, como nos dá conta uma das edições do “Correio de Nisa” desse mês.

O Cine Teatro de Nisa esteve em franca actividade com a exibição de cinco filmes em seis dias.

Dia 8 – O Herói do Regimento

Dias 12 e 13 – Cleópatra

Dia 19 – Barrabás

Dia 25 – Búfalo Bill

Dia 26 – O Melhor dos Inimigos

No dia 21, realizou-se no Cine Teatro um espectáculo a favor da igreja e do Hospital da Misericórdia. Foi representada a peça em dois actos “O Barão de Marvila, da autoria de Artur Horta, por um Grupo de Jovens de Boa Vontade.

Os actores foram muito aplaudidos, bem como “Os Atlas”, de Portalegre, que colaboraram na segunda parte.

Uma noite de bondade e beleza, altamente construtiva para os homens e Deus.

No dia 30, houve novamente teatro, desta vez por iniciativa do Rancho Típico das Cantarinhas de Nisa, dirigido pelo sr. Rodrigues Correia, apresentou mais um espectáculo a favor do Hospital. Subiu à cena o drama em dois actos “Milagre do Pescador” e a hilariante comédia “Não Quere… Mais Nada?

OPINIÃO: Trancaram a porta da paz

 

O poder da palavra, na política e na religião, é tão mais eficaz quanto mais forem aqueles que nela creem. Só assim podemos esperar que as palavras se traduzam em atos e, num cenário idílico, inspirem mudança. Na mensagem Urbi et Orbi deste Natal, o Papa Francisco voltou a pedir paz. Não se lhe pode exigir outra coisa, por muito que a força dos seus apelos nos soe tão impraticável quanto as proclamações das candidatas a miss Universo. A porta da paz está “escancarada”, exortou Francisco. Mas só por ela passa quem alcançar uma reconciliação plena: primeiro consigo mesmo, depois com os inimigos. Ora, apenas uma elevada crença no divino nos permitirá acreditar que, em 2025, esse ódio cultivado pelas lideranças globais vai ser enterrado. Que as armas serão guardadas e as balas silenciadas. O Mundo que nos espera é um pecado em construção.

A Europa hesita entre o que foi e o que quer ser e é hoje capitaneada por impulsos extremistas. Não por acaso, o influente jornal “Politico” acabou de eleger Giorgia Meloni, a primeira-ministra italiana que admira Mussolini, como a personalidade política mais poderosa, capaz de falar com todos - e em particular com o novo inquilino da Casa Branca.

Trump é outro dos bloqueadores naturais dessa via aberta para a paz. A sua reencarnação presidencial será movida a vingança e a uma ainda maior impunidade. A mesma que vemos estampada nos rostos de Netanyahu e Putin. E depois a outra guerra, silenciosa, mas intensa, liderada pela China, que se agiganta sem filtros no terreno fértil da influência económica. O Papa Francisco sonha, mas o Mundo não vai nascer de novo. A porta da paz está trancada.

  • Pedro Ivo Carvalho – Jornal de Notícias - 28 dezembro, 2024

AMIEIRA DO TEJO: Festa da Passagem de Ano na Casa do Balcão

 


quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

NISA: Concerto de Natal na Igreja do Espírito Santo

 


MONTALVÃO: Apresentação do livro "Perfeito é o Canto das Aves" de Carlos Lucas Silva

 


PORTALEGRE: Tomada de posse dos órgãos sociais da AADP

 


AMIEIRA DO TEJO: Concerto de Natal na Igreja Matriz

 


OPINIÃO: A violência das novas direitas

 


As comemorações oficiais de datas específicas são sempre uma forma de os poderes públicos participarem activamente nos combates da memória. A análise desses cerimoniais permite identificar elementos de consenso e de dissenso entre as representações do passado assim construídas; observar as dimensões de rigor, problematização, efabulação ou mesmo manipulação das imagens criadas; e compreender tudo isso à luz das condições do presente em que se insere. «A memória colectiva é uma construção que muda com os tempos, as relações de força e os interesses do momento», lembrava, ainda recentemente, Benoît Bréville (1).

Pela primeira vez em 50 anos de democracia, a Assembleia da República decidiu comemorar o dia 25 de Novembro de 1975 com uma sessão solene evocativa, com discursos e honras militares, e fazê-lo, não num aniversário redondo da data, mas no ano das comemorações do cinquentenário do 25 de Abril. Num paralelismo comemorativo desvalorizador ou até substitutivo da data da Revolução dos Cravos, as direitas parlamentares entenderam-se para celebrar a derrota de um golpe tentado por alguns sectores da extrema-esquerda militar.

Omitindo amplamente o clima então vivido de violência política, bem como os golpes tentados pela extrema-direita, como o de 11 de Março de 1975, os discursos dos representantes dos partidos das novas e velhas direitas repetiram exercícios que a historiografia não confirma. Seria preciso «dizer às novas gerações» que «a democracia começou no 25 de Novembro», sem o qual «não teríamos eleições livres e pluralismo» (Paulo Núncio, pelo CDS-Partido Popular, partido que votou contra a Constituição de 2 de Abril de 1976, onde se plasmava esse mesmo sistema eleitoral pluralista que Abril defendera contra a ditadura).

Afirmou-se também que o 25 de Novembro teria sido «o triunfo da moderação sobre o extremismo», que foi identificado como uma «democracia popular de inspiração marxista» ou o «socialismo revolucionário marxista do PREC [processo revolucionário em curso]», tendo passado a uma «democracia liberal e pluralista», com «liberdade de escolha real», «direito a propriedade privada» em vez de «ocupações e nacionalizações» (Miguel Guimarães, pelo Partido Social Democrata [PSD], que na actual deriva populista de direita até esqueceu os nacionalizações recentes que fez na banca e todos os extremismos da governação com a Troika).

Outros até nos desejaram um «feliz 25 e Novembro!, que finalmente celebramos» (olhe que não…), para afirmar que é preciso «combater o radicalismo em nome da liberdade», que seria ter «a visão do indivíduo no centro da política» (Rui Rocha, pela Iniciativa Liberal, orgulhoso do quanto o neoliberalismo corta com o nexo — propriamente democrático — entre liberdade e igualdade, entre indivíduo e colectivo).

Quanto ao líder do partido da extrema-direita, André Ventura, depois de reafirmar o que já fora dito («este é o verdadeiro dia da liberdade em Portugal»), quis romper com a democracia («esta democracia não nos serve e não temos medo de o dizer») num discurso discriminatório e securitário (a ameaça agora seria a «bandidagem» dos «bairros de Lisboa e Porto», estando ele «ao lado das forças de segurança e da ordem»), xenófobo e instigador de ódios (contra o que diz ser uma «imigração descontrolada», porque «muitos dos crimes sexuais são cometidos por imigrantes»), de teor fascista e de apologia de crimes de guerra («Como dizia o Jaime Neves sobre a guerra no Ultramar, “quando nos mandavam limpar, nós limpávamos tudo” — e já começámos [indicando as bancadas da esquerda]».

Quando, mais tarde, o presidente da Assembleia da República José Pedro Aguiar-Branco (PSD), ensaiou uma tentativa de aplacar incómodos e discordâncias dizendo que «hoje somos felizes», «temos um chão comum debaixo de nós», já não teve propriamente grande efeito tranquilizador. Mas teve a vantagem de resumir o que estas comemorações oficiais das direitas parlamentares procuraram fixar na memória colectiva. A saber, que o 25 de Novembro, entronizando os «moderados» contra os «radicais», teria sido a vitória da liberdade no sentido liberal contra a liberdade no sentido socialista ou comunista, com tudo o que isso teria permitido depois — da integração europeia às demais modalidades de inserção do país na globalização neoliberal, no capitalismo financeirizado. Para a imagem que as direitas agora pretenderam criar, pouco importa se isto mais parece uma forma (hostil) de pôr o PS na gaveta ou, muito menos, se lhe falta adesão à realidade da história imediata que se seguiu. É que, após o 25 de Novembro, as direitas, além de terem falhado a ilegalização do Partido Comunista Português (PCP), não puderam impedir a continuação das nacionalizações e da reforma agrária, nem a aprovação de um texto constitucional que consagrava esses e outros «excessos» que tanto as perturbou.

Porquê investir tanto, neste momento, em construir esta imagem do que aconteceu? Há certamente uma dimensão de «ajuste de contas» com o passado, que só agora foi possível encenar. Mas é mais do que isso. As direitas estão apostadas em fabricar um novo consenso em torno das escolhas possíveis nas democracias, e para isso é fundamental dizer quais estão fora do «chão comum» — a seguir os media torná-las-ão ainda mais invisíveis. Neoliberais e ultraliberais encontram-se aqui. Apresentando-se como «moderadas» e sensatas, ou aos gritos e com murros na mesa, o que as direitas «tradicionais» e as extremas-direitas estão a fazer é a reivindicar para si o monopólio das rupturas societais, políticas e económicas. As manipulações históricas também servem para preparar o terreno para as grandes viragens, pois contribuem para domesticar as radicalidades políticas e sociais que podem opor-se-lhes em resposta à sua violência (em particular sobre as classes populares).

O neoliberalismo, essa violência dos que tentam passar por «moderados», é de facto um projecto extremista, que ameaça a democracia no que ela tem de mais próprio: a ligação entre liberdade e igualdade, a qual exige ser declinada, não apenas em «valores» — como as instâncias europeias gostam de dizer, e ainda recentemente António Costa repetiu no discurso de tomada de posse na presidência do Conselho Europeu (29 de Novembro) —, mas em políticas e instituições, a começar pelas que compõem o Estado social, os serviços públicos e as que regulam as relações laborais. Ora, os neoliberais, que ainda há pouco impuseram a países como Portugal um austeritarismo ligado a uma crise financeira, preparam-se agora para fomentar um novo ciclo de austeridade, relacionada com uma crise «guerreira». Alguém tem dúvidas do que fará aos orçamentos dos Estados um aumento brutal das despesas com a defesa e a segurança? Das consequências que isso terá sobre os direitos, os salários, as pensões, os serviços públicos, as políticas sociais, culturais, ambientais? Ou sobre quem vai lucrar, em termos políticos e económicos, com a militarização e a securização na Europa?

A mesma União Europeia neoliberal que retirou aos Estados instrumentos de política económica, actualmente concentrados no Banco Central Europeu e no sistema financeiro internacional, vem agora dizer que não há alternativa a fazer os investimentos necessários, como disse António Costa na mesma ocasião, a «sermos mais autónomos em defesa e segurança». Mas onde estava a União Europeia quando a arquitectura internacional destinada a garantir a paz desde o pós-guerra foi sistematicamente corroída, desrespeitada, para favorecer todas as escaladas bélicas? «Temos de demonstrar que respondemos eficazmente às preocupações das pessoas», acrescentou o novo presidente do Conselho Europeu. Fazer de 2025 um ano de justiça e paz seria um bom começo.

* Sandra Monteiro – Le Monde Diplomatique – edição portuguesa – Dezembro 2024

(1) «A história face aos manipuladores», Le Monde diplomatique — edição portuguesa, Outubro de 2024. 

ALPALHÃO: Animação no YBar

 


PORTALEGRE: CAEP Voices num Natal em Família


14 DEZ. SÁB. 21.30H

CAEP Voices

Concerto de Aniversário; Natal em Família

Vocal | GA | 7€ | M/6 anos

Do nosso baú de memórias, fomos à procura das canções de sempre, para alegrar esta época festiva, com calor, boa disposição, palmas e…todos vocês!

O CAEP Voices regressa aos concertos e ao seu placo favorito, pelas razões que mais nos entusiasmam e emocionam: cantar, para a nossa “família”, que uma década depois, continua a celebrar connosco, à volta da lareira, com o sapatinho preparado para as “prendas” que vos iremos oferecer.

Contamos convosco, para tornar esta noite ainda mais especial e uma verdadeira celebração do espírito natalício: Amor, Solidariedade para com o próximo, Alegria, Convívio e muita Emoção!

 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

ALPALHÃO: Concerto de Natal na Igreja Matriz

 


TEMPO DE POESIA: Soeiro Pereira Gomes


 Poema Único

Para a C...[i]

Menina dos olhos grandes,

Tão grandes que neles vejo

A minha imagem e o mundo

Com que sonho e que porfio...

 

Menina do riso ingénuo

À porta dos lábios mudos

Como fio de água fresca

Entre o musgo duma rocha...

 

Menina de tez morena

Que o sol beija e mais ninguém

E de corpo tamanino

E de rosto tão bonito...

 

- Porque usas carrapito?

P'ra realçar teus encantos

Que são tantos, tantos, tantos

Como estrelas há no céu?...

 

Menina do meu enleio

Menina doutras meninas

Que tenho nos olhos tristes:

- Solta as tranças, vai cortar

(Não dói nada... e é mais bonito)

Vai cortar o carrapito!

Soeiro Pereira Gomes (1909 – 1949)

 

[i] Poema datado de 20/07/1949, dedicado a Cândida Ventura (1918 – 2015), que então usava o pseudónimo “Carlota”.

 

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 

Chapéus há muitos - Cartoon de Henrique Monteiro in https://henricartoon.blogs.sapo.pt

ALPALHÃO: Caminhada AJAL


 

CRTAO: Corrida e Caminhada de S. Silvestre

 


CASTELO DE VIDE: Espectáculo de Dança

 


ATLETISMO: 40ª Corrida de S.Silvestre de Avis

No passado sábado, dia 28 de dezembro, disputou-se na vila de Avis, a corrida de S. Silvestre de Avis, uma das mais emblemáticas e antigas d...